A ablação por radiofrequência é um procedimento inovador em que uma agulha aquecida por um dispositivo guiado por ultrassom é inserida no nódulo da tireoide.

O calor gerado pela agulha elimina as células do nódulo, que são subsequentemente absorvidas pelo organismo, resultando em uma cicatriz no local da intervenção.

Este procedimento é realizado sob sedação leve, não requer internação hospitalar e não envolve incisões no pescoço. Além disso, geralmente causa pouca dor e permite um rápido retorno às atividades diárias, incluindo o exercício físico.

Inicialmente desenvolvido para tratar nódulos benignos de grande volume, a ablação pode reduzir o tamanho desses nódulos em até 90% ao longo de 12 meses, transformando-os em cicatrizes inativas que não crescem mais.

Uma das principais vantagens desse procedimento é que ele pode ser aplicado em mais de um nódulo e repetido conforme necessário. Além disso, a função da tireoide não é afetada, o que significa que o paciente não precisa de terapia hormonal a longo prazo.

Nos últimos anos, a ablação tem expandido suas indicações, sendo usada no tratamento de nódulos autônomos (produtores de hormônio), metástases em linfonodos do pescoço, aumento de paratireoides e, mais recentemente, microcarcinomas papilíferos.

Surpreendentemente, a ablação também pode ser aplicada no tratamento de câncer de tireoide com menos de 1 cm de tamanho. Essa abordagem está revolucionando a forma como os nódulos de tireoide são tratados, oferecendo tratamentos menos invasivos, com menor desconforto, sem a necessidade de cirurgia ou cicatrizes no pescoço, e com um retorno mais rápido à vida normal, tudo isso sem afetar a função tireoidiana e a dependência de medicamentos a longo prazo.